A palavra Cultura vem do latim culturae e faz alusão ao desenvolvimento harmônico acerca dos conhecimentos. A cultura é um conjunto de ideias, conhecimentos e práticas que constituem e moldam uma pessoa e/ou um grupo.
Quanto ao grupo este pode ser um grupo reservado, caso, por exemplo, de um conjunto de profissionais; de um grupo ideológico ou ainda um grupo social. No caso do grupo social ele envolve cidades, estados e países. Quanto ao caso do grupo de profissionais e o grupo ideológico, ambos constituem um grupo a partir de ideias comuns, ainda que tenham focos e motivos distintos.
Leis, valores morais, costumes, religiões, artes, esportes, técnicas científicas, e tudo o que constitui a forma de ser de uma pessoa ou grupo, esse todo constitui o que chamamos de cultura.
Segundo SIGMUND FREUD (Tchecoslováquia, atual República Checa; 1856-1939; Reino Unido), a cultura é uma ação natural que surge do conflito entre a fuga da morte e a necessidade de viver. Segundo ele, a cultura permite esquadrinhar uma sociedade revelando suas crenças, sua forma de pensar, de sentir, de atuar e os modos e costumes tomados como verdadeiros para cada povo, o que chamamos de costume.
Para SAMAEL AUN WEOR (Colômbia; 1917-1977; México), inspirador das ideias da VOX HOMINIS, a cultura deve ser uma expressão da consciência, algo que revela verdades e permite descobertas. Ela, a cultura, deve ter caráter iminentemente prática e objetiva e deve estar divorciada da subjetividade. Deve ser capaz de permitir a investigação, a busca ante os indeléveis caracteres perpetrados por cada elemento que constitui, em si, a cultura, seja a arte, a ciência, a filosofia, a religião, os modos e costumes de um povo e todo o mais que faça e contemple os aspectos da cultura.
Partindo desse pressuposto, onde a cultura expressa e reflete a forma de pensar, de sentir e de atuar de um povo, ela pode ser tomada como elemento ensejador para medir o nível de corrupção desse povo. Ou visto por outro ângulo, a cultura permite identificar o nível ético de cada povo. Conforme seja a cultura de um povo ou indivíduo, assim será sua ética.
A musicoterapia , ainda que esteja em seu estado embrionário, consegue já afirmar que certas frequências atuam de forma a alterar estados psicológicos e fisiológicos da condição humana. É sabido, por exemplo, pela pesquisa de RAYMOND ROYAL RIFE (EUA; 1888-1971), notável cientista estadunidense, que a cada enfermidade existe uma frequência que age no sentido de revertê-la. Sua pesquisa permitiu catalogar mais de mil enfermidades relacionando estas frequências às quais, quando devidamente utilizadas, permitem o retrocesso de qualquer doença, seja ela qual for. Levando isso a uma análise mais ampla, é possível afirmar que a música – sendo arte, é um dos elementos da cultura – influencia nosso comportamento, uma vez que ela é composta de uma infinidade de frequências e de combinações sonoras que podem alterar nossos estados psicológicos e fisiológicos. O estudo de Raymond Royal Rife tem uma releitura no famoso estudo do cientista MASARU EMOTO (Japão; 1943-2014), onde ele consegue comprovar magicamente a influência das palavras em moléculas de água.
Portanto, isso tudo permite verificar que a cultura é, de fato, um elemento que influencia o comportamento humano; logo, ela própria é capaz de moldar toda uma sociedade, conduzindo-a para um lado ou outro, conforme seja a cultura em voga.
Filmes, músicas, ritmos, danças, propagandas, expressam através da mídia, em um primeiro momento, a forma de ser de uma sociedade. Entretanto, o caminho inverso pode ser aplicado, ou seja, a partir de músicas, danças e coreografias, propagandas, filmes, entre outros a mídia pode propor (impor) uma nova forma de ser a uma sociedade, alterando seu estado anterior para outro de maior interesse.
Assim, a cultura pode ser projetada para modificar hábitos sociais. Se a cultura modifica a sociedade de forma positiva, a cultura é superior, caso contrário, a cultura é de tipo depreciativa.
Uma cultura superior expressa valores éticos e princípios humanos de elevada destreza e caráter austero. Ela nos faz valorizar o belo, convida a agir de forma correta, nos faz refletir acerca do que nos rodeia, nos traz atenção ao que importa e não a cultivar o inútil. Respeita a liberdade e as diferenças.
Uma cultura superior é ÉTICA e possui Estética!
Já uma cultura inferior deprecia a imagem do ser humano, vulgariza a imagem da mulher, valoriza o superficial, onde o ter e o parecer são mais importantes que o Ser. Em uma cultura inferior o “espertalhão” é o símbolo de sucesso, nela a ação correta e justa são ações marginalizadas. O que conta, nesse tipo de sociedade, é se dar bem, o restante não importa. Em uma cultura assim as Leis são desrespeitadas, tanto pelo Estado como pelos cidadãos, e a degradação humana frente aos princípios humanos é óbvia e evidente.
Uma das grandes diferenças entre uma cultura verdadeira e superior e uma cultura pobre, de tipo inferior é que a cultura superior deixa sempre um legado, é uma criação para o porvir da humanidade. Nesse sentido expressou o filósofo ALBERT CAMUS (Argélia; 1913-1960; França).
“Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro.“
Albert Camus
No campo das artes, é sabido que as músicas de MOZART (Áustria; 1756-1791) são usadas para que vacas produzam mais leite e que galinhas ponham mais ovos. Para humanos é recomendado que gestantes ouçam suas músicas para incentivar a inteligência do bebê.
As mandalas indianas são reconhecidas por abrandarem os efeitos de sociabilização em portadores de Síndrome de Down. Se a isso acrescentar a equoterapia os efeitos são ainda maiores.
Dizem uma série de pesquisas científicas que as danças, por sua vez, são capazes de reduzir e até erradicar por completo o câncer. As danças que mais cooperam nesse sentido são as danças circulares. Danças “de casal” também ajudam. O que importa é que não sejam danças frenéticas e que o acompanhamento musical seja harmônico e suave. A dança também ajuda a superar estados de depressão. Isso tudo é alvo de pesquisa e de constatação por parte de cientistas e disponíveis em uma série de artigos científicos e acadêmicos.
Independentemente da religião é de conhecimento público que muitas pessoas conseguem abandonar as drogas ou sair de depressões por meio delas. Sociedades onde as pessoas têm maior respeito pelas outras tendem a que suas Leis sejam mais respeitadas, mesmo porque pessoas que sabem respeitar exigem respeito e isso, em última análise, significa em saber reivindicar quando necessário.
Logo, a proporção do respeito entre os indivíduos e o respeito do Estado às Leis é direta. Há que considerar que o respeito começa dentro de casa e havendo respeito dentro de casa haverá respeito fora e, como a soma dos indivíduos constitui uma sociedade, onde os cidadãos sabem respeitar, por extensão, a sociedade também saberá respeitar as Leis existentes.
Sociedade, Cultura e Ética são; pois, elementos que se associam e que formam e caracterizam o caráter humano. Isso pode ser resumido na seguinte frase:
“A cultura forma sábios; a educação, homens.“
Louis Bonald (França; 1754-1840)
A cultura deve ser tal que permita expressar os princípios e os valores mais exaltados do ser humano. Uma cultura superior ajuda o ser humano a criar o hábito de agir de forma superior e é com esse protótipo humano que a sociedade poderá ser erguida em alicerces fortes consubstanciados em justiça e de iguais oportunidades a todos. Uma sociedade em que a ciência não prostitua seu saber a interesses opostos ao próprio conhecimento. Uma sociedade assim só é possível se construída a partir de base sólida e essa base é o indivíduo constituído de uma cultura superior, a qual permita expressar valores conscientivos, valores humanos e que por meio de sua liberdade e razão inatas aja em favor da ética, ou em outras palavras, em favor do bem coletivo.
Em resumo, a VOX HOMINS vê na Cultura um meio efetivo para ajudar na construção de uma sociedade superior. Nessa toada a Cultura deve ter os seguintes preceitos:
Deve ter ÉTICA
Deve ser ESTÉTICA
Deve conter um ENSINAMENTO
Deve ter um OBJETIVO
Por outro lado, a Cultura não deve:
Ser degradante ao ser humano, à mulher ou diminuir povos
Conter mensagens degradantes do comportamento humano ou incitá-los
Ser desarmômica
Ser subjetiva